Valadares diz que política de preços da Petrobras tem que mudar
O senador Antonio Carlos Valadares – PSB-SE – falou, na tarde dessa terça, 29, no Plenário sobre a greve dos caminhoneiros e suas consequências para o País. Para ele, o cenário atual revela o despreparo e a incapacidade do Governo Temer, que não agiu de forma eficiente e com a rapidez necessária para evitar os efeitos da paralisação.
“Se tivesse agido com o mínimo de previsibilidade e menos prepotência, teria evitado a greve e a consequente interrupção das principais rodovias, o que gerou o desabastecimento de combustível, de alimentos, de remédios, e travou o transporte de passageiros”, disse.
Valadares acredita que a saída do Governo foi artificial e paliativa, pois não muda a política de composição de preços. “Empurra com a barriga o problema e coloca novamente a crise na conta do trabalhador. Além de não resolver a situação para dos consumidores que, insisto, continuarão a pagar valores abusivos no gás de cozinha e na gasolina”, ressaltou. O senador acredita que a solução é estrutural. “A Petrobras deve adotar seu poder regulador, instituir uma política de preços com maior previsibilidade e mais próxima do compromisso com o desenvolvimento da nação. Penso se não poderia usar parte da lucratividade já retomada para criar um mecanismo capaz de minimizar o impacto do preço nos momentos de alta considerável no mercado internacional. Valor que retornaria à empresa, de forma diluída, nos momentos de baixa. Criar uma espécie de colchão de proteção da sociedade, parte da missão de uma empresa pública”, explicou. Valadares ressaltou que a paralisação coloca em pauta outras questões fundamentais, como a matriz energética brasileira e a ampliação dos modais, tendo em vista as limitações da logística do transporte no país, baseada na malha rodoviária. (Foto: Rafael Nunes)
Henri Clay formaliza licença e transfere cargo
Durante a sessão ordinária do Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Sergipe – OAB/SE -, ocorrida na noite de segunda-feira, 28, o presidente da OAB/SE, Henri Clay Andrade, formalizou seu licenciamento da presidência para concorrer a cargo eletivo nas eleições deste ano. Em seu discurso, Henri Clay descreveu a Ordem dos Advogados como uma entidade capaz de promover a diferença na sociedade e afirmou que este é um momento de comoção para todos que conhecem sua trajetória de amor pela advocacia e pela OAB.
“É um orgulho ter presidido a OAB por três mandatos e lutado pela valorização da advocacia e pela defesa dos mais altos interesses da sociedade. Mas, nesta difícil quadra histórica por que passa o Brasil, é preciso reafirmar a importância social da política. É por esse motivo que, a partir de hoje, empenho meu nome, minha vida e minha energia neste grande desafio de caráter social que é buscar representar a advocacia e Sergipe em Brasília e, principalmente, erguer a bandeira da democracia e da defesa do Estado Democrático de Direito”, disse Henri Clay.
Com a licença de Henri Clay, assume a presidência da OAB/SE o vice-presidente o vice-presidente da entidade, Inácio Krauss. “Assumo hoje a importante e árdua missão de presidir a Ordem dos Advogados. Uma entidade de atuação marcante na defesa das prerrogativas da advocacia, da Constituição Federal e dos direitos humanos. Tenham certeza de que honrarei a liturgia que o cargo requer e seguirei firme no desafio de continuar resgatando a valorização e a união da nossa classe, porque a advocacia forte é advocacia unida”, destacou Inácio, agradecendo a todos pela confiança. Ao final do ato, membros da diretoria e os conselheiros federais e seccionais presentes à sessão manifestaram a admiração pela conduta retilínea e compromisso ético do presidente licenciado, traçando uma retrospectiva das ações em prol da advocacia e da cidadania executadas por Henri Clay nos anos em que esteve à frente da entidade.
Iran defende soberania para a política de produção de petróleo
O vereador Iran Barbosa, PT, produziu, na Tribuna da Câmara, nessa terça-feira, 29, uma análise sobre o atual momento político e econômico pelo qual passa o Brasil, destacando que todos sofrem as consequências da mudança na condução da política nacional adotada desde o golpe que afastou a presidente Dilma Rousseff do Governo Federal. Sobre as alternativas apresentadas pelo presidente ilegítimo Michel Temer para reverter a paralisação dos caminhoneiros, Iran disse que o que precisa mudar é a política implementada pela Petrobras no último período. Segundo ele, não é só o aumento no preço do diesel que deve ser combatido, mas toda a política que eleva o preço do gás de cozinha e dos combustíveis em geral.
“Anuncia-se que uma das alternativas para sair da crise é onerar os tributos federais e desonerar tributos estaduais. Não sou estudioso de economia, mas é evidente que o centro do problema não está aí e sim na política adotada, nesses últimos dois anos, pela Petrobras, que gerou uma dependência dos preços que praticamos ao dólar e aos preços internacionais do petróleo. O que precisa ser feito é mudar essa política, pois temos condições de fazer o que vinha sendo feito antes do golpe, ou seja, aproveitar a nossa situação favorável em relação à produção de petróleo para definir a política de preços do setor, tendo em vista os interesses nacionais e não os interesses das empresas internacionais que estão lucrando fábulas com a atual política, onde se vende petróleo barato, compram-se derivados caros e sacrifica-se o povo brasileiro. Não podemos deixar a Petrobras sob o controle de acionistas especuladores e seus comandantes externos”, defendeu Iran Barbosa.
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