O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está desde a noite de ontem, 7, na sede da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná, onde começou a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão. Ele se entregou por volta das 18h40, quando deixou a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, onde estava desde a quinta-feira, 5, com destino a Curitiba.

Na sala da Polícia Federal onde Lula se encontra preso, tem uma cama de solteiro, uma mesa, um banheiro privativo e uma televisão. O espaço não tem grades e fica localizado no quarto andar do prédio. A sala funcionava como dormitório de agentes que se deslocavam a trabalho.

Durante o período que ficou em São Bernardo do Campo, o ex-presidente recebeu o apoio da militância, da cúpula do Partido dos Trabalhadores, aliados e familiares. Pela manhã, houve uma missa em homenagem a Marisa Letícia Lula da Silva (in memoriam), que neste dia completaria 68 anos. Lula participou da missa e depois discursou para o grande público presente.

Confronto

Desde que chegou a Curitiba, o ex-presidente conta com o apoio de militantes, que montaram acampamento próximo ao prédio da Polícia Federal.

Na noite de sábado, 7, como havia manifestantes contra e a favor do ex-presidente o clima na frente da sede da PF foi de muita tensão. Houve, inclusive, o registro de violência, muitos manifestantes que apoiam o ex-presidente ficaram feridos durante ação das Polícias Militar e Federal.

São duas as versões, a da Polícia de que a confusão ocorreu após duas explosões no lado dos manifestantes que apoiam Lula. E a dos manifestantes que relatam que não houve nenhum ato de vandalismo por parte dos manifestantes.

Vigília

Políticos, militantes, músicos, aliados, artistas e apoiadores estão realizando uma Vigília Democrática em Defesa de Lula, em Curitiba, Paraná.

Hoje à tarde, a cantora Ana Cañas se apresentou na vigília. Ela cantou “O bêbedo e a Equilibrista”, entre outras músicas para homenagear o ex-presidente.

Os atos seguem sendo realizados pelo Brasil e em outros países, a exemplo da França, que teve um ato na Praça da República, em Paris. Também foram registrados atos no México, Barcelona, na Espanha; e em Lisboa, Portugal.

 

Foto: Fernando Frazão Agência Brasil