A artesã sergipana Margarete Alves é adepta da reciclagem. Nos seus trabalhos materiais comuns como latas de leite em pó, pote plástico de café, garrafa PET, pote de sorvete, caixas em madeira, pregadores, e uma infinidade de produtos que iriam para a lata do lixo são reaproveitados e viram peças de decoração.

Margarete utiliza material reciclável nas peças que produz Foto: Arquivo Pessoal

Segundo Margarete, o uso de materiais recicláveis é importante porque ajuda a preservar o meio ambiente. “Antes de parar no lixo eu acabo reciclando. São materiais que a gente pode transformar em decoração”, diz.

A descoberta para esta vocação ocorreu em 2008, quando ela fez o primeiro curso na área e começou a fazer trabalhos com miçangas. A experiência inicial foi com decoração de havaianas.

Evolução

Inquieta, a partir da boa aceitação obtida com a ornamentação das sandálias, ela seguiu com o uso de diferentes ideias e materiais. “Eu gosto muito de mudar e depois das havaianas passei a utilizar garrafas PET em cadeirinhas de várias cores”, diz. Segundo ela, as cadeirinhas tinham múltiplos usos tanto servia como porta-celular quanto para alfineteiro.

Depois da garrafa PET, Margarete passou a utilizar pregadores de roupa, produzindo potes decorativos para banheiro e cadeirinhas, e em seguida usou vidro na produção de garrafas ornamentadas.

Ela também já produziu mandalas, com o uso da madeira, e agora para o período da Páscoa voltou a utilizar latas para a elaboração de coelhinhos. Bonitos e coloridos os coelhinhos da Páscoa feitos por Margarete chama a atenção não só de crianças e adolescentes como de adultos também.

Acabamento

A produção dos coelhinhos está sendo muito bem aceita e a artesã está recebendo uma grande quantidade de encomendas. “Você acredita que este coelhinho já foi até para a Alemanha?”, diz toda feliz ao ver que o seu trabalho já está sendo reconhecido fora do País.

Fotos: Arquivo Pessoal Margarete Alves

Presente da Páscoa

A preocupação com o acabamento é uma marca nos trabalhos de Margarete Alves e para deixar os seus trabalhos bonitos e o mais próximo da perfeição possível, ela utiliza materiais como fitas, rendas, tecidos, pérolas, laços, linhas e fitilhos. Outra característica é o colorido das peças. “Gosto de deixar as peças bem vivas, bem alegres, gosto de dar vida ao artesanato”, afirma.

Os valores do artesanato produzidos por Margarete são bem acessíveis. O coelhinho da Páscoa, por exemplo, custa R$ 12. “É um preço que vem agradando até porque depois da Páscoa o coelhinho pode ser reaproveitado na decoração e se transformar, por exemplo, em um porta-treco”, diz. É importante ressaltar que este é o valor da lata decorada sem o chocolate.

Complemento da renda

Os coelhinhos têm cores variadas e podem ser encontrados em tons de rosa, verde, amarelo, azul e vermelho. “O que tem maior saída é o rosa, mas faço de acordo com o gosto de cada pessoa”, ressalta.

O artesanato, além de ser prazeroso para quem faz, é também uma forma de obter uma renda a mais. “Não deixa de ser uma maneira de complementar a minha renda. Uno o útil ao agradável”, diz.

Para Margarete Alves o artesanato funciona como uma terapia também. É realizada por ela nas horas de folga, geralmente à noite e nos finais de semana. “É muito prazeroso de fazer, eu adoro. Aqui eu esqueço da vida”, comenta.

A artesã tem uma página no Facebook intitulada “Margarete Mimos e Fitilhos” e quem quiser fazer encomendas ou obter mais informações sobre o trabalho dela pode acessar. O contato pode ser feito também por whatsApp (79) 9 8845-7329 e (79) 99978-0841.