Em nota divulgada nesta segunda-feira, 19, o governador Jackson Barreto, revela que foi informado por telefone, pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, sobre o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados – Fafen – instalada em Laranjeiras.

De acordo com o governador, o presidente da estatal revela que o motivo do fechamento seria o fato da empresa dar prejuízos consecutivos, o que tornou a operação industrial inviável do ponto de vista econômico.

Na nota, Jackson Barreto fala ainda sobre a sua preocupação com os funcionários da fábrica e com o futuro do Estado. Disse também que Pedro Parente garantiu que nenhum funcionário ficaria desempregado e que seriam reaproveitados em outras unidades que atuam com mão de obra semelhante a dos trabalhadores da Fafen.

“A Fafen gera um ciclo econômico virtuoso pela atividade que executa, tanto do ponto de vista da arrecadação de impostos, como no da geração de uma economia produtiva com fornecedores, prestadores de serviços, empresas que dão suporte a operação, e principalmente, as diversas fábricas de fertilizantes que estão instaladas no entorno da Fafen pela proximidade de acesso a matéria prima produzida por ela. Com o fechamento da Fafen, essas fábricas também irão embora”, diz o governador.

Jackson Barreto revela também que pediu para ser recebido pelo presidente da Petrobras, no Rio de Janeiro, para aprofundar esse tema na busca de alternativas. E Pedro Parente confirmou a disposição de receber o governador.

Ele informou também que nesta quarta-feira, 22, vai a Brasília e que irá convidar todos os parlamentares federais a se engajarem nesta luta com ele.

“Irei pedir uma audiência de emergência ao presidente Michel Temer e, em companhia dos membros da nossa bancada, pedir sua intervenção nesse processo de fechamento para que seja revertido e preservado centenas de empregos em nosso Estado”, diz.

Confira a nota na íntegra

“Acabo de receber uma ligação do presidente da Petrobras, Pedro Parente, que me deixou profundamente preocupado. Ele afirma que está sendo concretizado um estudo e que irá ser anunciado ainda essa semana o fechamento no mês de junho da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados – Fafen – instalada em Laranjeiras.

Ele alega que a empresa vem dando prejuízos consecutivos, tornando a continuidade da operação industrial inviável do ponto de vista econômico.

De imediato, coloquei para o presidente a minha preocupação com os funcionários da fábrica e com o futuro do meu estado. São centenas de empregados. Ele disse que nenhum deles seria desempregado, já que existem outras unidades que atuam com mão de obra semelhante a dos trabalhadores da Fafen e que eles iriam ser reaproveitados nestas unidades.

Mas de qualquer forma, essa é uma decisão que gera uma grande inquietação.

Além da questão dos empregos, a Fafen gera um ciclo econômico virtuoso pela atividade que executa, tanto do ponto de vista da arrecadação de impostos, como no da geração de uma economia produtiva com fornecedores, prestadores de serviços, empresas que dão suporte a operação, e principalmente, as diversas fábricas de fertilizantes que estão instaladas no entorno da Fafen pela proximidade de acesso a matéria prima produzida por ela. Com o fechamento da Fafen, essas fábricas também irão embora.

Eu disse ao presidente Pedro Parente que uma decisão dessa envergadura não deve apenas ser comunicada ao governador por telefone. Pedi que me recebesse em audiência na sede da Petrobrás no Rio de Janeiro para aprofundar esse tema na busca de alternativas. Não iremos desistir sem lutar. Afinal, são interesses do Estado de Sergipe que estão em jogo. Ele disse que estava a disposição para me receber. Vamos agendar.

Na próxima quarta-feira, 22, já estarei em Brasília e vou convidar todos os parlamentares federais a se engajarem nesta luta comigo.

Irei pedir uma audiência de emergência ao presidente Michel Temer e, em companhia dos membros da nossa bancada, pedir sua intervenção nesse processo de fechamento para que seja revertido e preservado centenas de empregos em nosso Estado.

Temos que reunir forças nesse momento e buscar uma saída que não prejudique os trabalhadores nem o Estado de Sergipe. Disso eu não vou abrir mão”.

Jackson Barreto

Governador de Sergipe

 

Foto: Agência Sergipe de Notícias