A Fortes D’Aloia & Gabriel representa três artistas dos 120 que compõem a lista dos participantes da 36ª Bienal de São Paulo, intitulada Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática.
A mostra, que acontece de 6 de setembro a 11 de janeiro de 2026, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, apresenta um projeto curatorial que propõe uma reflexão urgente sobre humanidade, natureza e escuta, reunindo artistas de diversas partes do mundo – entre eles Antonio Társis, Márcia Falcão e Pélagie Gbaguidi, que participam com obras, instalações e coreografias visuais.
Antonio Társis (Salvador, 1995. Vive e trabalha entre Salvador e Londres) cresceu na favela do Arraial do Retiro, em Salvador, e iniciou sua prática artística aos catorze anos. A trajetória do artista é marcada por uma investigação da materialidade urbana e da memória coletiva. Sua obra esteve no 38º Panorama da Arte Brasileira (Museu de Arte Moderna de São Paulo), no Instituto Inhotim (Brumadinho) e na 13ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre). Foi contemplado com o Prêmio EDP nas Artes (2016) e o Via Arts Prize, promovido pela Embaixada do Brasil em Londres (2019), além de ter integrado o programa Biennale College Arte na 59ª Mostra Internacional de Arte – La Biennale di Venezia (2022).

Márcia Falcão (Rio de Janeiro, 1985. Vive no Rio de Janeiro) explora, em suas pinturas de gestos marcados e tinta espessa, a relação entre o corpo feminino e a materialidade da pintura. Nascida e criada no subúrbio do Rio de Janeiro, sua obra se inspira nesse contexto, utilizando tons terrosos e vermelhos para representar corpos de forma visceral. Suas telas retratam a violência sistemática vivida por mulheres, especialmente negras e periféricas, assim como momentos de êxtase, criando uma tensão entre dor e prazer. Sua produção reflete a urgência dos temas e sua vivência pessoal na periferia carioca. Expôs no Instituto Inclusartiz e no Museu de Arte do Rio, ambos no Rio de Janeiro, e no Pivô e no Sesc Pompeia, em São Paulo.

Pélagie Gbaguidi (Dakar, 1965. Vive e trabalha em Bruxelas) desenvolve uma prática que abrange pintura, desenho, performance e instalação. Sua obra investiga a história colonial e pós-colonial, bem como as transformações sociais resultantes dos legados da história oficial e suas mutações. Participou da Bienal de Berlim (2020), da documenta 14 (Kassel, 2017), da Bienal de Lubumbashi (2019) e de edições da Bienal de Dakar (2004, 2006, 2008, 2014 e 2018). Exibiu em instituições como Centre Pompidou-Metz, WIELS (Bruxelas), Middelheimmuseum (Antuérpia), Stadtmuseum (Munique), MMK (Frankfurt) e no National Museum of African Art – Smithsonian Institution (Washington).
Sobre a Fortes D’Aloia & Gabriel
Fundada em agosto de 2001 por Alessandra D’Aloia e Márcia Fortes como Galeria Fortes Vilaça, a Fortes D’Aloia & Gabriel mudou seu nome em 2016, com a integração de Alex Gabriel na sociedade. Uma das maiores galerias da América Latina, possui atualmente dois espaços expositivos, cada qual com sua própria identidade: um galpão de 1.500 m² de vão livre na Barra Funda, em São Paulo, e a Carpintaria, construída a partir das ruínas da antiga carpintaria do Jóquei Clube, no Rio de Janeiro.
Referência no circuito mundial pelo vigor e qualidade da arte produzida no Brasil, representa hoje um time de 51 artistas, sendo 36 brasileiros, incluindo alguns dos nomes mais consagrados do país, como Beatriz Milhazes e Ernesto Neto, além de artistas emergentes que já se tornaram referência, como Tadáskía, que mereceu exposição no MoMA/NY, no ano passado.
A galeria mantém uma programação dinâmica de aproximadamente 20 exposições por ano. Em 2025, apresenta mostras individuais de artistas renomados, como Lúcia Laguna, Erika Verzutti, Jac Leirner, Valeska Soares, Wanda Pimentel e Luiz Zerbini, além de nomes internacionais, como Hiroshi Sugito e Cerith Wyn Evans.
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Fonte: Ascom
Fotos: Acervo/Fortes D’Aloia & Gabriel
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