Câmara Federal aprova decreto de intervenção na segurança do Rio
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira, 19, o decreto assinado pelo presidente Michel Temer, na última sexta-feira, 16, que prevê a intervenção federal na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. Foram mais de seis horas de discussão e o placar foi de 340 votos favoráveis, 72 votos contrários e 1 abstenção. O texto segue agora para o Senado Federal na forma do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 886/18. O decreto estabelece intervenção federal até o dia 31 de dezembro de 2018. Para comandar a operação, foi designado como interventor o general Walter Souza Braga Netto. O interventor será subordinado ao presidente da República e comandará todas as polícias do Estado – Civil, Militar e Corpo de Bombeiros – e poderá requisitar ainda os bens, serviços e servidores dos órgãos estaduais, como a Secretaria de Segurança e a Secretaria de Administração Penitenciária para emprego nas ações determinadas por ele. (Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados)
OAB/SE pede exame de constitucionalidade da intervenção no Rio
Nesta segunda-feira, 20, pela manhã, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Sergipe – OAB/SE, Henri Clay Andrade, pediu em requerimento ao presidente Nacional da OAB, Cláudio Lamachia, a inclusão na pauta da sessão do próximo dia 27, do Pleno do Conselho Federal, a questão da intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. Henri Clay revela preocupação em relação as inconsistências jurídicas do decreto, a exemplo da natureza militar da intervenção e a ausência de fundamentação. O presidente da OAB/SE destaca que a ausência de motivo concreto para a decretação da intervenção afronta o princípio federativo como norma fundamental da organização política do Estado brasileiro. Henri Clay diz ainda que o instituto constitucional da intervenção não é um instituto militar, mas sim civil. E não pode um decreto presidencial alterar a essência constitucional do instituto da intervenção. A OAB/SE também solicita em seu requerimento que o Conselho Federal analise a possível inconstitucionalidade em relação ao caráter militar da intervenção. O presidente da OAB/SE, também ressalta que o decreto da intervenção não dispõe sobre as condições de execução da intervenção.
Gilmar quer esclarecimento das denúncias de fraude dos combustíveis
Na manhã desta terça-feira, 20, o deputado Gilmar Carvalho protocolou requerimento de convocação do sargento Robertson Silva e do coronel Bené Gravatá. O deputado quer com isso esclarecer denúncias de fraude na utilização de combustíveis por parte da Polícia Militar. No pequeno expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese – o parlamentar fez duras críticas ao Governo por sua atuação no caso. “O governador Jackson Barreto está à frente do Executivo, os fatos acontecem e ele simplesmente ignora como se não fosse com ele ou com o Governo dele”, criticou. Ele disse ainda que se comprovada a participação do sargento da Polícia Militar, Robertson Silva, nas denúncias feitas pelo coronel Bené Gravatá, é certo que existem outros envolvidos na fraude. E pediu mais efetividade e participação do Governo em assuntos de interesse direto do Estado.
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