Por que a anestesia ainda assusta muita gente? De acordo com um estudo realizado pela Sociedade Americana de Anestesiologia 75% dos pacientes tem algum receio em relação a anestesia, sendo que 25% chegam a adiar a cirurgia com medo que possa ocorrer alguma complicação. Entre os relatos estão o temor de não acordar da cirurgia ou de despertar durante o procedimento.

“Eu tinha muito medo de fazer qualquer tipo de cirurgia por causa da anestesia. Mas quando precisei, fui para uma consulta com o anestesista antes, que me orientou sobre todo o procedimento e me tranquilizou. Fiz há pouco mais de um ano a bariátrica e quando acordei da cirurgia, o anestesista estava lá, ao meu lado. Deu tudo certo e hoje, se precisar, faço outras cirurgias, sempre seguindo a orientação do anestesista”, declarou a diarista Ana Patrícia dos Santos Gonçalves.

Esse receio pode ser atribuído à falta de informação. Daí a necessidade de campanhas de esclarecimento e orientação à população. A Sociedade de Anestesiologia do Estado de Sergipe (Saese) e Cooperativa de Anestesiologia (Coopanest-SE), reforça neste 16 de outubro, Dia do Anestesista, a importância da consulta pré-anestésica para o sucesso do procedimento cirúrgico.

“O anestesiologista avalia a condição de saúde do paciente, o histórico médico, alergias, reações a medicamentos e tira todas as dúvidas do paciente a respeito da anestesia. São seis anos de formação Médica e mais três de especialização”, explica Dr José Eduardo de Assis, presidente da Coopanest.

A anestesia existe há mais de 150 anos e foi evoluindo com o passar do tempo, lá atrás os riscos eram muito maiores. Os médicos não tinham muito conhecimento de anatomia, das técnicas cirúrgicas que reduziam o sangramento e as infecções, não tinham equipamentos. Mas desde que foi realizada a primeira anestesia, em 16 de outubro de 1846, muito se avançou na arte de realizar o ato anestésico e tratar a dor dos pacientes.

Presidente da Saese, Dr. Lucas Cabral – Foto: Reprodução/Ascom Coopanest-SE / Saese

“O avanço da cirurgia é concomitante ao da anestesiologia. Atualmente operamos, como costumamos dizer, da cabeça aos pés, e isso não seria possível com o avanço da anestesiologia. Foram desenvolvidas diferentes e modernas técnicas de cirurgias que não seriam possíveis se o mesmo não acontecesse com o ato anestésico. Da primeira anestesia, que era feita com o paciente inalando um produto, atualmente temos uma gama de medicações venosas e inalatórias, bem como equipamentos que deixam a anestesia mais segura e conseguimos monitorizar por completo como está o paciente”, declarou o presidente da Saese, Dr. Lucas Cabral.

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Fonte: Ascom Coopanest-SE / Saese

Foto Destaque: Divulgação/Ascom Coopanest-SE / Saese