A mineira Macaé Maria Evaristo dos Santos é a escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chefiar o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em substituição a Sílvio Almeida. A notícia foi dada pelo próprio presidente, por intermédio das redes sociais, na tarde desta segunda, 9.
Macaé foi eleita em 2022 deputada estadual em Minas Gerais, pelo PT. Formada em Serviço Social e mestre em Educação, Macaé, 58 anos, é professora concursada da rede pública mineira. Ela foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária municipal, em Belo Horizonte, e estadual de Educação. Em 2013 e 2014, foi titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, no governo Dilma Rousseff.
Como professora da rede de ensino fundamental, Macaé desenvolveu projetos pedagógicos em conjunto com as comunidades do entorno das escolas em que trabalhou, integrando aprendizado em salas de aulas com a realidade objetiva dos estudantes, suas famílias e o território.
Macaé também integrou o grupo de trabalho em Educação da chamada equipe de transição do futuro Governo Lula. “Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”, informou Lula, em sua conta nas redes sociais.
Já a nova ministra, na mesma rede social, informou: “É com muita honra que aceitei, nesta segunda-feira, o convite do presidente Lula para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Nosso país tem grandes desafios e esse é um chamado de muita responsabilidade. Temos muito trabalho pela frente e sigo esperançosa, com o compromisso de uma vida na luta por direitos”.
Reunião para conhecer a equipe
Macaé Evaristo foi apresentada à equipe da pasta nesta segunda-feira, em reunião conduzida pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Durante a reunião, Macaé Evaristo destacou o papel social do ministério e garantiu que a transição será feita de maneira transparente e tranquila em prol daqueles que mais precisam. “Esse ministério é isso: um ministério de transformação e reconstrução da sociedade com dignidade e garantia de direitos”, afirmou.
“Que a gente possa fazer desse luto, luta”, declarou. A futura ministra assumirá no lugar de Silvio Almeida. O ex-ministro foi exonerado na última sexta-feira depois de ser alvo de denúncias de assédio moral e sexual, inclusive contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Macaé defendeu amplo direito de defesa ao acusado, bem como a rigorosa e segura apuração das denúncias.
Mapeamento e diagnóstico
A ministra Esther Dweck informou que, durante o período de transição, será feito um mapeamento das agendas emergenciais e um diagnóstico dos programas atualmente em execução pelos Direitos Humanos. A expectativa é de que a transição dure de dois a três dias. As definições a médio e longo prazo ficarão a cargo da nova titular.
O objetivo do Governo Federal é garantir a continuidade das políticas públicas e ações do MDHC. “O governo do presidente Lula está completamente engajado na defesa dos direitos humanos, na luta contra todas as formas de discriminação”, afirmou a titular interina da pasta.
Também participaram da apresentação o secretário de Serviços Compartilhados do MGI, Cilair Rodrigues de Abreu, nomeado secretário-executivo interino do MDHC, e a secretária-executiva adjunta do MDHC, Caroline Reis. Além deles, estavam presentes demais secretárias e secretários, além de titulares das assessorias da pasta.
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Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República
Foto Destaque: Ricardo Stuckert/PR
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