Até está quinta-feira, 21, está acontecendo no Mall do Home Center Ferreira Costa das 8h às 21h, a exposição de artes metálicas produzidas com Sucata: “Oxi-Metalmorphos”, do artista Dom Pepe. A exposição teve como ponto de partida a comemoração dos 169 anos de Aracaju, celebrando as belezas e riquezas e históricas e culturais da cidade. 

Com a curadoria de John Fitzgerald foram selecionadas 20 obras que contemplam o passado e o presente da capital sergipana, homenageando parte da história da cidade até o atual momento, promovendo assim uma singela manifestação de apreço por nossa cidade. 

São obras exclusivas, que se somam à poética do cotidiano, apresentam a essência aracajuana e remontam paisagens, cenas, imagens, ações, reflexões e pensamentos, fazendo desse conjunto expográfico e proposta curatorial uma experiência única, que deve ser apreciada não na superficialidade, e sim na sua profundidade (a começar pela organização do espaço expositivo, cujo desenho nos remete ao desenho urbano da cidade – que é um Tabuleiro de Xadrez – no intento de deixar evidente que Aracaju foi uma das primeiras capitais brasileiras a ser planejada). 

Na seleção das obras escolhidas para essa mostra estão presentes desde esculturas que preservam a nossa memória, como o “Cacique Serigy”,  bem como obras cuja história está fortemente relacionada à da cidade de São Cristóvão. (É o caso das esculturas do “Cristo” e do “Cruzeiro” – uma clara homenagem a antiga capital de Sergipe). 

Fazendo referência à transferência da capital, temos a obra “Moenda”, representando a pressão econômica que direcionou o eixo do vale do Vaza-Barris para o Vale do Cotinguiba. Nesse ínterim estão presentes também esculturas que tematizam o início da industrialização e desenvolvimento da antiga Província (desde o início da formação do Distrito), com as esculturas “Pescador”, “Eletricista” e “Locomotiva”, abordando assim a questão da modernização.  

Com a premissa e o intuito de valorizar as belezas da capital, temos ainda um conjunto de obras que evidenciam a Fauna, com a escultura do “Beija-flor”; um pouco da Cultura, com as esculturas “Trio pé de serra” e “Cangaceiro” (mostrando o nosso forró e quadrilhas juninas); bem como o Turismo, que ficou por conta das esculturas que remetem a nossa Orla, como o “Farol da Marinha” e a “Tartaruga Marinha”, (em alusão ao oceanário); além da nossa Culinária, com as esculturas “Robalo” e “Caranguejo Uçá”; da Mobilidade Urbana, com o “Fusca” e a moto “Brasileirinha” e finalizando com as obras que fazem um reporte à Capital Brasileira da Qualidade de Vida, nas esculturas “Casal no balanço” e “Casal relax”, curtindo as nossas praias. 

Completando todo esse protagonismo temático, não posso deixar de mencionar o belo “Cavalo Marinho”, um dos símbolos presentes em nosso brasão e a escultura em homenagem aos entusiastas, que valorizam a arte e experiência prazerosa de apreciar um bom “Café”, ou um chá (alguns irão recordar de um dos locais preferidos dos aracajuanos desde 1940), em uma boa companhia e apreciando boas obras de arte cujo valor é determinado por uma série de detalhes e motivos distintos, que não seguem um rito específico, mas resumem emoções, histórias, sentimentos e cultura.  

É importante lembrar que embora o projeto para a realização dessa exposição tenha sido a ideia de homenagear nossa bela capital, as inúmeras obras do acervo de Dom Pepe (ricas e variadas, em temas e coleções) estão sempre ancoradas dentro do mesmo contexto: arte com sustentabilidade! Dom Pepe, que há anos vem desenvolvendo um trabalho que discute, de forma ampliada, uma reflexão profunda sobre essas questões sociais, políticas e ambientais vêm, a cada Exposição, inspirando o público sobre tais questões e incentivando sobretudo mudanças de comportamento em relação ao ambiente em que vivemos.

Cada obra do seu rico acervo revela a dedicação do artista e a profundidade em unir a criatividade artística com a responsabilidade ambiental. 

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Fonte: Home Center Ferreira Costa