A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe – CTB-SE – e os sindicatos filiados se reuniram na manhã desta segunda-feira, 4 de dezembro, para discutir os últimos preparativos para a greve geral desta terça, 5.
O encontro foi realizado na sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Ao final, os dirigentes das entidades decidiram promover amanhã, 5, a partir das 7h, um ato na frente da agência do INSS da Avenida Ivo do Prado, seguido de atos na frente das agências bancárias e no Centro Comercial.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe – Sintrase -, Diego Araújo, a greve é necessária. “É preciso defender o direito dos trabalhadores e trabalhadoras à aposentadoria. Nessa reforma os servidores públicos serão os mais prejudicado. O Governo diz que todos têm uma excelente remuneração e muitos privilégios, e a gente sabe que isso não é verdade. Nós é quem mais estamos sofrendo. Perdemos direitos nessas últimas reformas e vamos perder mais se a reforma da previdência passar. Somado a isso, já estamos há cinco anos sem a reposição inflacionária. Por isso, o servidor tem que estar nas ruas amanhã com sua camisa, sua bandeira de luta, dizendo não à reforma da Previdência, não ao Governo Temer”.
O presidente da CTB/SE, Adêniton Santana, ressalta que o que o Governo Temer quer fazer vai mexer com a vida de todos os brasileiros. “Por isso, defendemos a participação da sociedade na greve de amanhã. Quanto mais força a gente tiver, mais dificuldades eles terão para aprovar a reforma da Previdência. Temos que pressionar cada deputado, cada senador e os partidos políticos a votar contra. Se a reforma passar, muita gente não vai se aposentar”.
A presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe – Seeb-SE – e vice-presidente da CTB Nacional, Ivânia Pereira, afirma que os bancários de todo o Estado não deverão ir às agências nem a população que precise de atendimento pessoal, mas as salas de autoatendimento estarão disponíveis.
“Não haverá ônibus circulando. É necessário que a população se engaje em defesa da aposentadoria, um direito conquistado pelos trabalhadores e trabalhadoras que mensalmente descontam contribuições previdenciárias para garantir a sua aposentadoria e a aposentadoria das pessoas que nunca tiveram a oportunidade de trabalhar com carteira assinada. A Previdência é social e solidária hoje, mas os golpistas querem tirar esse caráter da Previdência. Querem colocar as mulheres para trabalhar até 62 anos e contribuir por 40 anos ininterruptamente. Quem nunca passou meses ou anos desempregada? Do jeito que está difícil conseguir emprego nos dias atuais, será muito difícil alguém se aposentar no futuro. A greve tem a grande tarefa de não permitir que aconteça essa reforma. Fora esses golpistas que querem prejudicar a classe trabalhadora e não à reforma. É importante que a gente reaja para que eles não tirem mais esse direito da classe trabalhadora”.
A manifestação faz parte de uma mobilização nacional articulada pelas centrais sindicais contra a Reforma da Previdência.
* Com informações da CTB/SE
Foto: Niúra Belfort
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