Gildeci de Oliveira Leite (Escritor, sócio do IGHB, PPGEL/MPEJA-UNEB, autor de A Casa do Mistério ou A Casa do Renascimento) E-mail: gildeci.leite@gmail.com – Instagram @gildeci.leite
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“A criação do primeiro Tribunal de Contas do Estado de Sergipe” é uma das mais recentes publicações do pesquisador baiano e sergipano Gilfrancisco. Já passam de algumas dezenas, a quantidade de brochuras colocadas à disposição de públicos especializados e de leitores curiosos por coisas do Brasil, a maioria à respeito da Bahia e de Sergipe. Também por diversos pares de ocasiões tive a oportunidade de ouvir de pesquisadoras e pesquisadores em variados estágios de construções de suas carreiras como as iniciativas de Gilfrancisco facilitaram suas vidas. Encontrar um documento e principalmente o documento certo para a pesquisa não é tarefa fácil. Felizes, os intelectuais assumiram que sem as fontes primárias reveladas, difundidas, postas aos alcances de olhos nus, talvez perdessem prazos estabelecidos por agências de fomentos, programas de pós-graduação, o que acarretaria em devolução de recursos. Em muitas situações, ideias para a pesquisa passaram a existir após a leitura de um livro do doutor honoris causa pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). A vida do pesquisador e da pesquisadora continua difícil, apesar de melhores ventos em Brasília.
Se o livro mencionado no início deste texto possui o selo do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE) com destaque em sua capa, sugerindo apoio financeiro da respeitável instituição, deve-se também à assertividade do tema e ao compromisso da casa fiscalizadora para com a memória, a cultura. Entendo a ação como um ato de cívico para com o patrimônio cultural e o capital simbólico do estado de Sergipe, mais uma forma inteligente e prazerosa de fiscalizar. O lançamento, marcado para a “Sexta Cultural” do dia 26 de maio, às 10 horas no hall TCE-SE, pode ser visto também como comemoração antecipada em um dia do aniversário de setenta e um anos de nascido do autor, que autografará os exemplares distribuídos gratuitamente.
Não poderei comparecer à festividade, mas já tenho em minhas mãos a obra com mais de trezentas páginas fortalecidas através das contribuições de personalidades como o doutor Flávio Conceição de Oliveira Neto — Presidente do TCE-SE —, o doutor Afonso Nascimento — Professor do curso de Direito da UFS —, a professora doutora2 Valéria Aparecida Bari (UFS) — pesquisadora em Ciência da Informação — e o Conselheiro do TCE-SE Carlos Pinna de Assis, que partiu para a eternidade no início do mês de abril.
Em tempos ainda difíceis para a cultura, arte, ciência e o pensamento crítico alegra-me a notícia da existência de mais uma obra dedicada à memória de nosso país. Alegra-me mais ainda em saber que um órgão que não possui como obrigação primeira a produção e difusão do conhecimento fomenta o saber! Parabéns a todos!
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