Em assembleia virtual para tratar sobre a venda do Balcão de Seguros pertencente ao Banco do Estado de Sergipe – Banese –, os baneseanos e baneseanas deliberaram por mais de 80% dos votos ficar em ‘Assembleia Permanente’. A decisão visa acompanhar a abertura de diálogo sobre o tema entre o Sindicato dos Bancários de Sergipe – Seeb/SE – e a direção do banco.

Após a movimentação contrária à venda em andamento do Balcão de Seguros, o presidente do banco estadual Helom Oliveira da Silva convidou (dia 8/2) a direção do Seeb/SE para reabrir o diálogo. “A vida não é linha reta, o presidente nos deu informações novas e se colocou à disposição para reiniciar a mesa de negociação. Por isso, na abertura da nossa assembleia, propomos alteração do item da pauta de ‘Estado de Greve’ por ‘Assembleia Permanente’, por entendermos que o diálogo é uma ferramenta importante e o tema é relevante, porque envolve uma estatal e o plano de saúde de mais de 5 mil vidas”, afirmou a presidenta do  Seeb/SE, Ivânia Pereira.

Com o dispositivo de assembleia permanente, “poderemos convocar nova assembleia a qualquer momento após as rodadas de negociação e dar continuidade ao debate e deliberações”, explicou a líder sindical.

Votação eletrônica

A assembleia contou com a representação dos empregados de todas as coligadas do Banese e aconteceu na noite da quarta-feira, 9. Da votação eletrônica os participantes aprovaram a proposta por 86% dos votos. Foram registrados ainda 7% de votos contrários e 7%, de abstenção.

Casse, Corretora, Conad, Apabanese , Dieese

Das presenças virtuais, as primeiras intervenções e com exposição de slides foram da presidenta da Casse Banese, Carolina Bezerra, e do superintendente da Corretora Banese, Kleber Dantas.

A presidenta da Casse apresentou em gráficos a dramática situação da Caixa de Assistência. A Casse é a principal acionista, proprietária, da Corretora Banese, com 99,73% das ações e tem 5.314 associados (ativos, inativos, pensionistas – titulares e dependentes).

Um repasse de milhões

Em 2021, o cenário foi dramático para a Casse Banese gerir e manter o equilíbrio financeiro, em especial por conta da pandemia da Covid-19: “movimentos bruscos de caixa, em níveis históricos resultados impactados com alta taxa de leitos hospitalares e a retomada dos exames eletivos”.

Como as contribuições dos associados não foram suficientes para suplantar os prejuízos históricos, a Corretora Banese fez o repasse de R$ 6,5 milhões. Do contrário, a Casse não teria como honrar a rede de prestadores.

Ainda assim, a presidenta da Casse e a diretora Eleita de Saúde da Caixa de Assistência, Elizabeth dos Santos, destacaram que a Caixa de Assistência tem um déficit de R$ 2.715.869. “Para 2022, a estimativa é preocupante com os custos com saúde, como o envelhecimento dos associados e com os que necessitam de tratamento oncológico, demandas de alto custo”, afirmou Carolina Bezerra.

Kleber Dantas apresentou os números reveladores do sucesso superavitário da Corretora Banese, fundada em 1980, pelos empregados e empregadas do Banese. Os dados apontam que há 42 anos, a empresa vem produzindo lucro para o banco.

Conselheiros e conselheiras

Da Casse ainda estavam na assembleia o presidente do conselho Fiscal, Tiago César Nascimento, e a presidenta do Conselho Deliberativo, Maria Teresa Gomes Lins. Do Conselho Administrativo do Banese – Conad – estava o Representante dos Empregados, Luiz Alves dos Santos Filho. Também estava o representante da Apabanese, Antônio Gois.

A assembleia virtual também contou com uma expressiva comitiva da Direção do Seeb/SE, do advogado trabalhista Denis Arcieri, do economista do Dieese, Luis Moura e do presidente da CTB, Adêniton Santana.

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Fonte: Seeb/SE

Foto: Ascom Seeb/SE