Neste domingo, 5 de dezembro, no período da tarde, foi desenvolvido por meio do Movimento Regenerativo Tempo de Plantar um mutirão de plantio de árvores. A ação promovida pelo Comitê Tempo de Plantar de Aracaju ocorreu no Parque Governador Augusto Franco, mais conhecido como Parque da Sementeira, e contou com a participação de voluntários, entre eles, o procurador do Estado, Carlos Monteiro, que na oportunidade plantou uma muda de mangabeira, árvore que tem muita identidade com o Estado de Sergipe e que inclusive tem uma lei recém-criada que reconhece o trabalho original das catadoras de mangabas, e a própria mangaba como Patrimônio Cultural e Imaterial de Sergipe.

Para o procurador Carlos Monteiro esta foi uma iniciativa de muita relevância para o meio ambiente. Segundo ele, o propósito do Movimento Regenerativo Tempo de Plantar é estimular o plantio de árvores. “Este é um movimento que começou neste domingo, 5 de dezembro, e segue até o final de março, que é o tempo da chuva”, afirmou.

Ele ressaltou ainda que esta ação desenvolvida neste domingo colocou Aracaju, pela primeira vez, no mapa de Estados que estão apoiando o Movimento Regenerativo Tempo de Plantar. Segundo ele, esta foi uma importante semente plantada na capital sergipana.

“Nós estamos diante de um aumento muito critico na história da terra, uma crise climática, com a ocorrência de desmatamento, e toda essa problemática vem ocasionando insegurança alimentar e, portanto, precisamos enquanto humanidade agir rápido. Devemos somar mais forças para gerar uma sociedade sustentável porque estamos chegando a um ponto onde se torna muito difícil o retorno. A Amazônia, o Cerrado, a Caatinga, e a Mata Atlântica, esta última que apresenta pouquíssimos resquícios, com isso é possível visualizar que há vários biomas brasileiros pedindo socorro. E o Movimento Regenerativo Tempo de Plantar entra em mais uma edição com o objetivo de reverter essa degradação. No ano passado, o Movimento conseguiu num esforço conjunto com várias cidades e Estados o plantio de mais de um milhão de mudas”, salientou.

Conforme o procurador Carlos Monteiro, em 2020, foi possível incluir a Paraíba, seu Estado Natal nas ações do Movimento, e este ano, apesar de todas as dificuldades ocasionadas pela pandemia Aracaju foi incluída nesse movimento nacional regenerativo Tempo de Plantar.

“Trata-se de um movimento para estimular nós humanos a plantar e cuidar de uma árvore por cada ano, de forma voluntária. É uma colaboração da sociedade civil a manutenção dos diversos biomas do Brasil. Já há um grande movimento por parte da sociedade voltado para a proteção das árvores, o que demonstra a tomada de consciência em relação à importância da necessidade de uma sociedade sustentável, sem esperar iniciativas apenas de âmbito governamental”, ressaltou.

Ele enfatizou ainda que o objetivo do Movimento é espalhar os comitês por todos os municípios de Sergipe, tantos em suas zonas urbanas como na rural. “O Comitê é formado por voluntários que desejam plantar e cuidar de árvores nativas e frutíferas”, revelou.

Carta da Terra

O procurador Carlos Monteiro destacou também que essa consciência que vem sendo adquirida pela sociedade decorre da implantação no Brasil dos princípios e valores da Carta da Terra. “No ano passado a Carta da Terra completou 20 anos e é um documento que promove princípios de justiça econômica, da cultura da paz e do meio ambiente”, explicou.

Segundo ele, a sociedade civil deve se organizar para implantar esses valores e princípios da Carta da Terra. “Nós firmamos parceria com duas importantes entidades, a Associação Civil Alternativa Terrazul e a Teia Carta da Terra Brasil, que terão núcleos em Sergipe. Iremos trabalhar o lado educacional, distribuindo e divulgando a Carta da Terra para crianças, em parceria com as escolas, e também iremos atuar muito nos municípios, com a questão do meio ambiente, e criar a exemplo do que está sendo feito na Bahia, o município ecolegal com foco na questão dos agrotóxicos, desde o  controle até o seu banimento; e no fortalecimento da agricultura familiar pela perspectiva da agroecologia”, disse.