O Poder Judiciário de Sergipe realizou, na tarde desta sexta-feira, 13, a cerimônia de posse de dez novos juízes substitutos. O evento foi realizado no Auditório José Rolemberg Leite, no Palácio da Justiça, Centro de Aracaju, com transmissão ao vivo no canal TJSE Eventos, no YouTube. O edital de abertura para provimento de cargo de juiz substituto no Tribunal de Justiça de Sergipe –TJSE – foi publicado em agosto de 2015 e teve mais de quatro mil inscritos. O prazo de validade do concurso foi prorrogado, pela última vez, até o dia 31 de dezembro de 2021, por força da Resolução 9/2021.

Foram empossados Leopoldo Martins Moreira Neto, Raphael Ferreira Rocha Santana, Viviane Kaliny Lopes de Souza, Thiago Dias Peixoto, Pedro Machado Gueiros, Marília Jackelyne Nunes da Silva, Augusto José de Souza Carvalho, Leandro de Almeida Mainardes, Marina de Almeida Menezes Barbosa e Renato Caldas do Valle Viana; sendo, os dois últimos, de Sergipe.

“O Poder Judiciário sergipano está em festa por recepcionar hoje jovens magistrados, com grandes possibilidades de um longo trabalho no Tribunal. E com a certeza de que eles ingressam no melhor Tribunal de Justiça do país. Isso, para quem está chegando, é um alento e uma oportunidade de desenvolver suas atividades em um Tribunal que tem uma excelente estrutura, organizado e permite que eles desempenhem com sucesso a magistratura”, ressaltou o desembargador Edson Ulisses de Melo.

Antes de passar no concurso para magistratura, Marina Menezes era servidora concursada do TJSE e filha da juíza Patrícia de Almeida Menezes, Titular do 1º Juizado Especial Cível de Aracaju. “Ter minha mãe em casa como exemplo, mesmo antes de escolher o curso, já plantava em mim a paixão pelo Direito. Via como ela sempre foi dedicada ao trabalho e como isso a deixava realizada. No último ano da faculdade, passei no concurso aqui do Tribunal e comecei a viver na prática aquela experiência que tinha com ela”, contou Marina, que foi servidora do TJSE por 11 anos.

Para a mãe, o momento foi de muita felicidade. “Era um sonho dela e sabemos como é difícil ingressar nessa carreira. São muitas provas, muitas fases e esses concursos envolvem todo o país, os candidatos vêm de todos Estados. Então, é muito concorrido. Ela ter logrado êxito, no Estado dela, no Tribunal onde sou magistrada e tenho muito orgulho em ser do quadro, é uma felicidade imensa. Como mãe, sei que ela será uma magistrada excelente. Porque além de inteligência, ela tem muita sensibilidade e a gente precisa disso no nosso mister”, comentou a Juíza Patrícia de Almeida Menezes, mãe de Marina.

Outro empossado que tem uma história peculiar é Pedro Machado Gueiros. Natural do Mato Grosso, ele foi jogador profissional de futebol, atuando desde a categoria de base no time Operário, até o ano de 2009. “Eram dois sonhos que eu tinha. Ser jogador é muito difícil, depende de muitos outros fatores. Então, fui para o Direito. No final da graduação, comecei a estudar para ser Juiz. E com três anos, fui aprovado em Roraima e depois aqui em Sergipe. Estou muito feliz porque esses dois Tribunais são de ponta, segundo o Conselho Nacional de Justiça”, destacou Pedro Gueiros. 

Após prestarem o juramento, assinarem o termo de posse e ouvirem o discurso do presidente do TJSE, o juiz substituto Leopoldo Martins Moreira Neto, neto de sergipano, falou em nome da turma. “Nosso concurso foi muito difícil, tivemos poucos aprovados ao final, somente 31. Mais de quatro mil candidatos participaram da primeira fase, em 2005, depois só 441 passaram para a segunda fase. Tivemos uma prova discursiva das mais difíceis na história recente dos concursos de magistratura estadual, com apenas 50 aprovados”, salientou Leopoldo, que anteriormente atuava como professor de curso preparatório para concurso público.

Foto: Dicom TJSE

Antes mesmo da posse, os novos juízes foram recepcionados na Associação dos Magistrados de Sergipe – Amase. “Esse momento de boas-vindas aos colegas renova as esperanças da prestação jurisdicional. O Tribunal de Justiça de Sergipe tem se destacado nacionalmente, reconhecido pelo CNJ e, recentemente, como o mais ágil do país pelo Banco Mundial. Temos a esperança que esses colegas hoje empossados trarão sua capacidade e seus estudos em prol da sociedade sergipana”, considerou o juiz de Direito Roberto Alcântara, presidente da Amase.

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Fonte: TJSE