Aconteceu no final da tarde desta segunda-feira, 2, a posse da nova desembargadora do Tribunal de Justiça de Sergipe – TJSE. A juíza Maria Angélica França e Souza, até então titular do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública, assumiu a vaga deixada pelo desembargador Alberto Romeu Gouveia Leite, que se aposentou no mês de julho. A cerimônia aconteceu no auditório do Palácio da Justiça e foi transmitida ao vivo no canal TJSergipe, no YouTube, onde ficou gravada.

O presidente do Poder Judiciário de Sergipe, desembargador Edson Ulisses de Melo, abriu a sessão solene. “Recebemos, hoje, uma profissional da maior qualidade, que honra a magistratura sergipana pela sua história, conduta e conhecimento técnico. Ela chega por um critério de antiguidade, mas poderia tranquilamente ser por mérito. O Poder Judiciário está feliz pelo ingresso dessa colega que tem um passado valoroso”, elogiou.

Após a leitura do juramento, assinatura do termo de posse e recebimento do Colar do Mérito Judiciário, a nova desembargadora foi saudada pela vice-presidente do TJSE, desembargadora Ana Lúcia Freire de Almeida dos Anjos, em nome do Colegiado. “Essa magistrada vem abrilhantar ainda mais esse Tribunal, reconhecidamente um dos melhores do país, agora na função de desembargadora. Ao assumir esse cargo, você assume mais um desafio. Mas o que é desafio para você, que sempre enfrentou tudo com galhardia?”, destacou a vice-presidente.

“Eu sabia que esse dia chegaria, por conta da antiguidade. Mas estou muito emocionada porque é uma coroação da minha carreira, encerrar essa trajetória aqui na Corte Superior, ladeada por pares de inteligência ímpar. Homens e mulheres íntegros e competentes que compõem essa Casa de Justiça”, salientou a desembargadora Maria Angélica.

Várias autoridades acompanharam a sessão por meio de videoconferência, a exemplo do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira; des. Ney Wiedemann Neto, vice-presidente do TJRS; Manoel Cabral Machado Neto, procurador-geral de Justiça; José Leó de Carvalho Neto, defensor-geral do Estado; Vinícius Oliveira, procurador-geral do Estado; Inácio Krauss, presidente da OAB/SE; Roberto Alcântara, presidente da Amase; Anderson Nascimento, presidente da Academia Sergipana de Letras; entre outros.

Trajetória

A sessão administrativa do Pleno que promoveu a Juíza à Desembargadora foi realizada no dia 28 de julho. Ela foi escolhida, por unanimidade, pelo critério de antiguidade. Nascida em Aracaju (SE), Maria Angélica iniciou sua vida profissional em 1967, como professora do Colégio Jackson de Figueiredo. Ingressou, via concurso público, para o magistério estadual, em 1970; e na rede municipal de Aracaju, em 1978.

Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Sergipe –U FS – na turma de 1978. Ingressou na magistratura em 3 de setembro de 1987, atuando inicialmente na Comarca de Ribeirópolis. “Foi uma jornada muito difícil. Aprendi a ser Juíza na Comarca de Ribeirópolis. Naquela época, não tínhamos a nossa Escola Judicial, que prepara os recém-concursados para atuarem com maior segurança. Mas o povo era maravilhoso, ordeiro e me acolheu com o coração maior do mundo”, lembrou a desembargadora.

Após seis anos em Ribeirópolis, ela foi transferida para a Comarca de Tobias Barreto, onde ficou 12 anos. “Amo aquele povo, inclusive me tornei cidadã tobiense”. Em Aracaju, atuou na Vara Privativa de Assistência Judiciária, no bairro 18 do Forte; no fórum do bairro Santa Maria; e no 1º Juizado Especial da Fazenda Pública.

“Mas Deus quis me colocar aqui e sou grata pelo acolhimento que vossas excelências sempre me dispensaram, especialmente quando fui convocada para substituir diversos colegas”, disse a nova desembargadora, que finalizou seu discurso agradecendo o apoio da família, dos amigos e dos colegas magistrados.

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Fonte: TJSE