Rosa Meire/De Salvador
O governador da Bahia, Rui Costa, decretou a suspensão de todas as atividades não essenciais, a partir desta sexta-feira, 26, na capital e em todos os municípios do Estado. A medida é válida até segunda-feira, 1º de março. O anúncio foi feito nesta quinta, 25, pelo chefe do executivo baiano, durante coletiva virtual, conjunta, realizada com a participação do prefeito de Salvador, Bruno Reis, e o presidente da União de Prefeitos da Bahia (UPB), Eures Ribeiro. O decreto amplia as restrições anteriormente aplicadas a 183 municípios.
“Apesar de toda a ampliação de leitos que já fizemos e ainda vamos fazer, o número de casos continua aumentando e colocando pressão nas UPAs e hospitais”, justificou o governador. Na oportunidade, o prefeito Bruno Reis destacou a “satisfação pela medida tomada”, e lembrou da situação crítica do sistema de saúde da capital, que “não está dando conta da pressão por leitos”. Para o prefeito de Salvador, “este é o pior momento, e a cada dia está piorando”. Só ontem foram contabilizadas 100 mortos pela Covid-19. A Bahia possui um total de 669.821 casos desde o início da pandemia.
A capital baiana, conforme revelou, dobrou a pressão por novos leitos, com 133 pacientes/dia, metade deles aguardando por um leito de UTI (Unidades de Terapia Intensiva). O quadro atual, conforme Bruno Reis, da falta de leitos, em comparação à situação anterior, “é o dobro da chamada primeira onda”. Visando a redução da pressão sobre a falta de leitos hospitalares, o decreto do governo também prevê suspensão por 7 dias de cirurgias eletivas realizadas nas unidades de saúde públicas e privadas de todo o estado.
Durante os dois dias cobertos pelo decreto, ficarão proibidas atividades não essenciais entre às 17h de sexta, 26, e às 5h da manhã de segunda-feira, 1º de março. Apenas os setores ligados à saúde pública e à alimentação podem funcionar. Todas as outras atividades estão proibidas. As novas determinações serão publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira, 26.
A decisão de um novo lockdown, conforme o governador Rui Costa, tem o objetivo de coibir aglomerações. E para isso, o decreto prevê o fechamento escalonado de setores econômicos. O comércio será fechado às 17 horas; os bares e restaurantes, às 18 horas; os shopping centers, às 20 horas. Eventos e atividades, independente do horário e número de participantes também estão proibidos. A decisão inclui cerimônias de casamento, religiosas, formaturas, bem como aulas em academia de dança e ginástica.
A dilatação do prazo entre o fechamento das atividades tem por objetivo uma melhor distribuição dos passageiros no sistema de transporte coletivo da capital baiana. “Com isso nós queremos ganhar dois dias de fechamento e restrição completas”. Conforme Rui Costa, a medida valerá para outras situações que ocorram em comunidades. “Aglomerações de qualquer natureza estarão proibidas”, disse.
O decreto prevê que os estabelecimentos encerrem as atividades com até meia hora de antecedência para garantir o deslocamento dos funcionários até suas residências. A circulação de pessoas no período noturno está proibida, entre 20h e 5h enquanto durar o lockdown. A circulação só será permitida em casos de saúde ou na hipótese de comprovação de urgência. E está proibida a venda de bebidas alcoólicas em qualquer estabelecimento comercial, supermercados e delivery, a partir das 18 horas desta sexta, 26.
Confira como ficam os serviços:
. Delivery – Poderão funcionar até meia-noite.
. Mercados e padarias – Até 20h.
. Feiras Livres – Poderão funcionar, desde que em locais abertos e com distanciamento entre barracas.
. Terminais rodoviários, aquaviários e aeroviários – Funcionam normalmente
. Farmácias – apenas em modo delivery
.Transporte privado de passageiros – Funcionam normalmente
. Ônibus metropolitanos e o metrô – Encerram atividades às 20h30/sexta-feira (26/2) às 5h (1º/3)
. Ônibus intermunicipais – Funcionarão normalmente
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Foto Destaque: TJ/BA
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