Higiene e prevenção. Se estas palavras já faziam parte da vida da enfermeira Neilla Fróes, nos últimos meses, elas se tornaram um lema para ela. Neilla é uma entre centenas de trabalhadores da área de saúde atuantes na linha de frente de cuidado em meio à pandemia do novo Coronavírus – Covid-19 – e que dependem do uso diário de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs -, a exemplo da máscara de proteção facial, tipo “face shield”, que está sendo produzida e distribuída pelo Sergipe Parque Tecnológico – SergipeTec.
“Usamos o face shield, quando há risco de exposição a grande volume de fluidos ou aerosois. Esse tipo de protetor é fundamental para nós, agentes da saúde, por preservar a máscara tipo N95 [a que protege nariz e boca], já que estamos fazendo o uso racional dos EPIs. Também tenho cuidado no caminho e ao chegar em casa chegar em casa, quando retiro a máscara de tecido, pelas laterais, e lavo tanto a que acabei de utilizar, quanto a que usei para sair de casa, sempre com água sanitária”, afirma a enfermeira e gerente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Clínica e Cirúrgica do Hospital de Urgência de Sergipe – Huse. O Huse é uma das unidades de saúde contempladas com os protetores faciais produzidos no Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico – Nutec -, do SergipeTec.
Segundo a técnica de enfermagem, Jociene Nascimento, que também trabalha no Huse, colocar o protetor face shield é um dos itens de uma extensa lista de práticas e cuidados que, agora, integram seu cotidiano, e de forma especial. “Uso os EPIs com atenção para prestar todos os cuidados com a minha saúde e a do atendido. Higienizo as mãos, visto o avental, coloco a máscara N95, o protetor facial tipo face shield ou óculos de proteção e o gorro. Higienizo as mãos, novamente, visto as luvas e vou prestar os cuidados no atendimento. Ao sair do contato com o paciente, jogo os descartáveis no lixo infectante, pegando pela parte interna, e higienizo tudo que será reutilizado, além da bancada e das minhas mãos”, descreve.
A enfermeira e a técnica acreditam que os cuidados de higiene e prevenção não devem se limitar ao ambiente hospitalar. “Como técnica em enfermagem, estou tendo cuidado redobrado e levando esse cuidado pra casa ou pra onde seja necessário ir. Ao sair de casa para trabalhar, coloco a máscara, pois utilizo transporte público. Ao chegar em casa, coloco roupas e sapatos dentro de um saco plástico, passo álcool nas mãos, entro pela área de serviço, tomo banho e só, então, mantenho contato com meus familiares”, conta Jociene.
“Saber que as ações estão alcançando, protegendo e cuidando da nossa sociedade é muito gratificante, especialmente nesse momento de pandemia do Coronavírus. A nossa proposta de produzir máscaras ‘face shield’ em nosso Núcleo de Impressão 3D e distribuir às instituições e profissionais da saúde atuantes em nosso estado, visando minimizar o risco de contágio do Covid-19”, ressalta o diretor técnico do SergipeTec, Diego da Costa.
Produção e destinação de EPI
O Sergipe Parque Tecnológico está utilizando impressoras 3D para a produção das testeiras, em acetato, das máscaras face shield, consideradas a parte principal deste EPI. Além das testeiras, os protetores faciais são compostos também por elásticos para encaixe. Ao todo, 350 testeiras devem ser impressas pelo SergipeTec. Entre as instituições que já foram contempladas com as máscaras estão a Secretarias de Saúde do Estado de Sergipe, e dos Municípios de Aracaju e de Nossa Senhora do Socorro; os Hospitais Universitários de Aracaju e de Lagarto; o Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória; o Programa Mesa Brasil e do Núcleo de Oncologia, do Sesc; o Grupo Solar, da Coca-Cola; e o Projeto Cuid4r.
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Fonte: SergipeTec
Fotos: Ascom SergipeTec
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