A cirurgia para colocação de implantes de silicone nas mamas está entre as mais realizadas no Brasil, de acordo com dados do ranking da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP. O procedimento costuma mexer muito com a autoestima da mulher, em geral, por se tratar de uma insatisfação que a acompanha por anos, o tamanho e a forma das mamas. Com o avanço da tecnologia, a cirurgia para colocação dos implantes de silicone nas mamas – mamoplastia de aumento com inclusão de implantes de silicone -, tem apresentado resultados cada vez mais naturais e com menos complicações. No entanto, apesar da popularidade, ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto. O cirurgião plástico Alexander Nassif, membro da SBCP, esclarece, abaixo, as cinco questões mais recorrentes entre suas pacientes.
Preciso trocar meu implante de mama após 10 anos?
Antigamente, o silicone tinha prazo de validade. Os novos implantes, no entanto, apesar de não durarem para sempre, podem permanecer no corpo indeterminadamente, desde que os exames de acompanhamento mostrem que eles estão intactos. Para identificar o momento certo para a troca, é fundamental fazer acompanhamento anual com o cirurgião plástico. É importante escolher um profissional de sua confiança e que seja membro da SBCP, pois só um especialista capacitado poderá diagnosticar qualquer alteração na mama ou no implante.
Como decido o tamanho do meu implante?
Está disposta a colocar o implante de silicone, porém, ainda não conseguiu definir qual o tamanho que deve ser?! Existe uma variação que, normalmente, vai de 200 mL até 600 mL. A decisão deve ser sua, mas é importante conversar com seu médico. “Juntos, vocês vão conseguir alinhar expectativa e realidade, levando em consideração a harmonia e as proporções de seu corpo”, diz. O cirurgião plástico saberá lhe orientar o tamanho indicado para que o resultado seja o mais natural possível e consiga lhe satisfazer.
Posso colocar o silicone antes de engravidar? Ele interfere na amamentação?
Muitas mulheres sentem-se ansiosas para colocar implantes nas mamas antes de engravidar, mas têm dúvida se isso irá impedi-las de amamentar. “A resposta é não! O silicone não interfere na amamentação, pois o implante se localiza abaixo do tecido mamário”, conta o cirurgião. Por isso, a cirurgia pode ser feita mesmo em quem ainda não engravidou. A falta de leite, geralmente, está relacionada a outros fatores e deve ser investigada. Converse sempre com seu médico e tire todas as suas dúvidas antes de qualquer procedimento.
O silicone pode oferecer rejeição?
Esse tipo de procedimento tem um baixo índice de complicações, mas vale a pena estar por dentro dos possíveis imprevistos. “Rejeição só ocorre em casos de transplantes de órgãos vivos em uma reação tipo antígeno-anticorpo. Os implantes de silicone são inertes, não são vivos, e podem desencadear reações tipo corpo estranho, como se fosse uma inflamação exagerada”, explica Nassif. O médico ressalta ainda que, como em qualquer outro tipo de cirurgia, há risco de infecção, apesar de não ser muito comum. O implante também pode causar perda de sensibilidade momentânea na região, o que é recuperada ao longo do tempo, na maioria dos casos. Por fim, existe uma possibilidade de ocorrer o efeito rippling, que consiste em pequenas ondulações na mama. Em todos esses casos, é necessário o acompanhamento com o médico para saber qual a alternativa para contornar o problema.
Quem tem a prótese está mais propicia ao câncer de mama? É possível fazer o autoexame?
Não há nenhum estudo que comprove esta hipótese. “Diferente do que muitas vezes se imagina no senso comum, o implante não atrapalha nada quanto à saúde da mulher”, explica Nassif. Ainda segundo o médico, antes de realizar a cirurgia é necessário fazer o exame das mamas para verificar se não há nenhum nódulo. Além disso, o silicone também não dificulta o diagnóstico, “Desde que a mulher faça acompanhamento médico de rotina”, esclarece. Ainda segundo o especialista, a cirurgia não interfere no tratamento do câncer de mama, caso ele venha ocorrer.
Foto: Banco de Imagens/Divulgação
Fonte: Hipertexto
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