Descoberto em 4 de outubro de 1501, pelos viajantes Américo Vespúcio e André Gonçalves, o Rio São Francisco foi batizado pelos índios que habitavam a região de Opará, que significa rio-mar. Recebeu o nome de São Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, santo católico do dia. Conhecido como “Rio da Integração Nacional” é considerado o terceiro maior do Brasil, possui 3.163 quilômetros de extensão e sua bacia possui 640.000 quilômetros quadrados de área, o que equivale a sete vezes o território de Portugal.

Nasce na Serra da Canastra no Município de Piumi, Oeste de Minas Gerais, e desemboca na Praia do Peba no Estado de Alagoas (margem esquerda) e na Praia do Cabeço, no Estado de Sergipe (margem direita).

Na data em que se celebra a descoberta do “Velho Chico”, o Ministério Público de Sergipe – MPSE -, através do Centro de Apoio Operacional de Proteção ao Rio São Francisco e Nascentes, chama a atenção para a degradação do rio e a preocupação que todos devemos ter.

“Hoje é um dia de celebração, mas com um gosto amargo pela situação em que o nosso rio vive. É preciso que arregacemos as mangas e planejemos, de forma eficiente, ações em prol de sua restauração e preservação. Precisamos refletir, como instituição, cidadão e usuário da Bacia Hidrográfica do São Francisco e fazer a nossa parte”, disse a promotora de Justiça e diretora do CAOp do São Francisco, Allana Rachel Monteiro.

O MP, preocupado com os recursos hídricos e florestais de Sergipe, criou um Centro de Apoio voltado para planejar ações, desenvolver projetos e unir forças com outras instituições na busca da preservação das nascentes que alimentem as bacias hidrográficas do Estado. “Possuímos um projeto, premiado nacionalmente, chamado ‘Nascentes do São Francisco – O MP Salvando Rios’, que tem o intuito de promover o aumento da quantidade e qualidade da água, através da recuperação e preservação das Áreas de Preservação Permanente – APPs – e Áreas de Reserva Legal – ARLs – nas propriedades rurais de Sergipe”, salientou o procurador-geral de Justiça José Rony Silva Almeida.

Além disso, o MP de Sergipe, através do CAOp do São Francisco, é um dos coordenadores da Fiscalização Preventiva Integrada, um programa continuado, de caráter, principalmente, educativo, que atua nos estados de Sergipe, Bahia, Alagoas, Minas Gerais e Pernambuco. “A FPI é um trabalho conjunto de diversos órgãos federais, estaduais e municipais, com atribuição na esfera ambiental, para diagnosticar os danos ambientais na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e adotar medidas preventivas e de responsabilização dos agentes causadores desses danos. A cada etapa encontramos irregularidades ambientais que prejudicam o rio e a população que precisa dele para sobreviver”, destacou a promotora de Justiça.

Fonte: MPSE

Foto: Ibama